Privatização do Hospital Universitário
A Ebserh é uma empresa criada por
Lula e Dilma para trazer um novo modelo de gestão aos 46 hospitais
universitários do país. Este modelo está fundamentado na lógica do lucro –
podando a função social dos hospitais.
A Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares significa, portanto, um projeto de privatização dos HU’s. Através
dela vão acabar as licitações para compras de materiais e equipamentos, vão
acabar os concursos públicos nos HU’s, as pesquisas vão ser submetidas aos
interesses do mercado e o atendimento aos usuários do SUS fica ameaçado com a
possibilidade de se firmar parcerias com planos privados de saúde.
Reitor Eurico Lôbo fica contra a sociedade e do lado do governo Dilma. |
Cada universidade tem o direito
constitucional de decidir à adesão a esta empresa nos seus Conselhos Universitários.
Mas a presidenta Dilma não está dando outra alternativa: quem não realizar a
adesão, não vai ter mais recursos públicos vindos diretamente dos Ministérios
da educação e da Saúde e também vai ficar impedido de contratar pessoal.
Ao invés de se enfrentar com o
governo Dilma e defender a autonomia das universidades, os reitores do país
estão reproduzindo este ataque: em algumas universidades a Ebserh foi votada
nos conselhos através de muita coação política, em outras os reitores
atropelaram a democracia sem nenhuma cerimônia e aderiram a Ebserh através de
atos monocráticos. Este último caso foi registrado na UFAL em dezembro de 2012.
MPF instaura inquérito para apurar ato do reitor
Há um ano, a sociedade alagoana assistiu
com perplexidade o reitor da UFAL, Eurico Lôbo, assinar a privatização do
hospital universitário. A decisão do reitor foi feita através de uma série de
atos antidemocráticos: utilizou massivamente a imprensa institucional para
defender a Ebserh, ameaçou fechar o HU para coagir aos conselheiros
universitários, interrompeu a discussão do assunto nas unidades acadêmicas e,
por fim, assinou o ato de adesão à Empresa através de um “ad referendum” – mecanismo
herdado da época da ditadura – e que, ainda assim, foi ilegal, uma vez que não
foi votado no Consuni conforme designa o regimento da UFAL.
Prédio da PR/AL no Barro Duro. |
A comunidade universitária e os
movimentos sociais reagiram à atitude do reitor e recorreram ao Ministério
Público Federal. Recentemente, o MPF resolveu instaurar um Inquérito Civil (nº.:
1.11.000.001722/2012-94) para apurar o ato de adesão de Eurico Lôbo, além de
outras questões ligadas à Ebserh – cuja constitucionalidade da lei está sendo
questionada no Supremo Tribunal Federal.
Esta decisão do MPF deve ser vista
por nós com muita expectativa: trata-se da possibilidade do ato do reitor ser
deslegitimado através de uma Ação Civil Pública. Mas precisamos ter a clareza
de que esta possibilidade cresce à medida da nossa disposição para barrar a
privatização do nosso hospital universitário.
Tod@s à audiência pública!
Como parte da tramitação do
Inquérito, o MPF irá realizar uma audiência pública no próximo dia 17 de
dezembro, a partir das 13 horas, no auditório da Procuradoria da República em
Alagoas (Avenida Juca Sampaio, 1800, Barro Duro – próximo ao Fórum da Justiça
Estadual).
O DCE Quilombo dos Palmares e a
Assembleia Nacional de Estudantes – Livre (ANEL/Alagoas) chamam toda sociedade
alagoana e, em particular, os estudantes da UFAL e da Uncisal, para participar
deste evento e defender o nosso hospital escola dos ataques privatistas do
governo Dilma.
O SUS é nosso! Ninguém tira da gente!
Direito Garantido não se compra e não vende!
Direito Garantido não se compra e não vende!
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