Roubos, assaltos dentro e fora das
salas de aula, tentativas de estupro, tiroteios, sequestros, fugas de
presidiários, “desova” de corpo e homicídios são exemplos de casos de violência
registrados nos campi da UFAL nos últimos anos e que têm provocado um
verdadeiro clima de insegurança na comunidade universitária.
Na noite desta quarta-feira, 7 de
maio, mais uma ocorrência absurda: 35 alunos do curso de Serviço Social, além
da professora, foram assaltados por dois homens armados dentro da sala da aula.
REFLEXO
DA VIOLÊNCIA NO ESTADO
Alagoas foi apontado em 2013 pelo
Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americano como o estado mais violento do
país. Em meio a essa realidade de caos, o governador Teotônio Vilela usa muito
dinheiro público com propagandas mentirosas que buscam esconder a verdadeira
raiz do problema da violência, isto é, a falta de investimentos em moradia,
educação, saúde e demais áreas sociais. É de se esperar que a violência que
atinge o estado de Alagoas chega também à Universidade.
Além disso, o modelo de segurança
adotado pela reitoria da UFAL evidencia que as pessoas não são prioridade.
Prova disto é que a vigilância oferecida nos campi da Universidade tem o mero
objetivo de proteger o patrimônio físico. Os vigilantes que atuam na UFAL não
estão preparados para enfrentar situações adversas. Enquanto isto, as pessoas
ficam vulneráveis e desprotegidas.
GUARDA
UNIVERSITÁRIA, JÁ!
Desde as eleições reitorais,
ocorridas em junho de 2011, o movimento estudantil vem defendendo a criação de
uma guarda universitária contratada através de concurso público e com destaque
feminino que busque oferecer segurança às pessoas, patrimônio mais importante
da instituição.
Sabemos que a criação desta guarda
exige muito esforço político junto ao governo federal. No entanto, não vimos
por parte do reitor Eurico Lobo nenhuma iniciativa neste sentido. O tema não
foi sequer abordado na Andifes, “sindicato dos reitores”. Também não houve,
nesses dois anos de gestão, nenhuma iniciativa de discussão com a comunidade
universitária com o objetivo de formular conjuntamente um plano estratégico de
segurança para a UFAL.
Só quando os casos de violência se
intensificam é que são executadas medidas importantes, embora insuficientes,
como serviços de capina, poda de árvores e melhoria na iluminação. Em maio de
2012 foi necessário uma mobilização construída pela ANEL junto a vários centros
acadêmicos, para que essas medidas fossem colocadas em prática nos arredores
dos blocos de História, Ciências Sociais, Letras, Filosofia, Comunicação
Social, dentre outros cursos.
CHEGA
DE VIOLÊNCIA!
O Diretório Central dos Estudantes
Quilombo dos Palmares repudia a violência que acomete cotidianamente à
população alagoana e também à comunidade universitária da UFAL. Nos solidarizamos
com todas as vítimas da violência, e, neste momento, em particular, com a
professora e os alunos do curso de Serviço Social que vivenciaram momentos de
horror. EXIGIMOS do governador
Teotônio Vilela mais investimentos públicos nas áreas sociais e do reitor
Eurico Lobo medidas concretas para conter esta situação que chegou a um nível
insuportável.
No
dia 20 de maio, às 16h, na Tenda Cultural (ao lado da Biblioteca Central)
iremos realizar uma Assembleia Estudantil e a questão da segurança no campus
será pautada. Chamamos todas e todos a participarem. Afinal, só nossa mobilização será
capaz de pressionar a gestão a encarar esse problema com mais seriedade.
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